Você já conhece ou já ouviu falar da fantástica viagem de trem pela Serra do Mar entre as cidades de Paranaguá e Curitiba? Ainda não? Então já está na hora de você conhecer o terceiro destino mais visitado do Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro e das Cataratas do Iguaçu!

A ferrovia Paranaguá Curitiba possui 108,02 km de extensão. A estrada de ferro é considerada uma obra prima da engenharia brasileira!

Hoje vamos falar sobre o roteiro turístico do passeio de trem até a cidade de Morretes. Nas próximas semanas vamos falar um pouquinho sobre as cidades históricas incluídas no roteiro completo.

A História da Ferrovia

Em 1880, iniciaram-se as obras divididas em três trechos, simultaneamente: Paranaguá-Morretes (42km), Morretes-Roça Nova (38km) e Roça Nova-Curitiba (30km). No ano de 1883, o trecho Paranaguá-Morretes foi concluído e inaugurado. Em 1884, a Ponte São João foi montada e a Princesa Isabel junto com a sua comitiva fizeram a viagem completa de Paranaguá a Curitiba no dia 16 de novembro. Em 02 de fevereiro de 1885, a ferrovia foi inaugurada e o tráfego aberto a todos os trens no dia 05.

O Roteiro Turístico

Vista do Trem

A estação rodoferroviária de Curitiba é o primeiro terminal rodoviário integrado com estação de trem, construído no Brasil. A rodoferroviária encontra-se a 905 metros do nível do mar. A parte mais alta da ferrovia, localizada na região de Roça Nova, encontra-se a 952 metros. O trem parte de Curitiba subindo 47 metros e depois descendo 942 metros até Morretes.

Durante o passeio de trem pela Serra do Mar, passamos por diversas cidades, pontes, túneis e muito mais! Confira abaixo cada roteiro.

Cidade de Piraquara

O município de Piraquara mantém um aspecto pitoresco devido às restrições ecológicas de seus mananciais. De suas várias nascentes, duas formam o rio mais famoso do estado, o Rio Iguaçu, que atravessa o estado de Curitiba até cair nas Cataratas de Foz do Iguaçu.

Estação de Roça Nova

Foi adquirida e revitalizada por um empresário local.

O Túnel 13

Com 452 metros de comprimento, o túnel demorou cerca de 3 anos para ficar pronto. O túnel 13 é o único em linha reta do passeio. O local também é o pontos mais alto da ferrovia, com 952 metros de altitude.

A Floresta Atlântica

De seus 99.000 km², o trecho de Mata Atlântica por onde passa a ferrovia, é o mais contínuo preservado no Brasil. Diversas plantas exóticas e nativas como os Eucaliptos, os Pinos e as Hortênsias, são encontrados no local. Por ser uma floresta densa, animais como Gambá, Macaco Prego, Jaguatirica, Onça Pintada, Capivara e Anta, dentre outros, também são encontrados por lá.

A Chaminé na Represa Caiguava

A represa Caiguava tem 23 milhões de metros cúbicos de capacidade e responde por cerca de 20% do abastecimento de Curitiba.

A chaminé pertencia a uma casa de máquinas que bombeava águas do rio Caiguava para as represas adjacentes. Em 1979 a região foi inundada, criando assim uma represa maior; a casa de máquinas foi alagada e somente a Chaminé pode ser vista até hoje.

A Estação de Banhado

Na década de 80, a Estação do Banhado tinha uma lanchonete e durante a troca do trem elétrico pelo trem a diesel, a lanchonete era o principal ponto de espera na estação. Atualmente a estação funciona como alojamento dos trabalhadores de manutenção da ferrovia e como depósito de materiais.

As ruínas da Roda d’Água

A roda d’água foi construída para gerar energia elétrica à casa de veraneio do Ipiranga. Atualmente as piscinas naturais e a área ao redor da Roda d’água atraem aventureiros que acampam no local.

As ruínas da Casa do Ipiranga

A Casa do Ipiranga foi construída, na década de 1930, sobre a trilha do Itupava, uma das três trilhas indígenas que ligavam o planalto de Curitiba ao litoral. A casa tinha piscina e era destinada ao lazer dos funcionários de alto escalão da ferrovia.

O Reservatório Marumbi

Formado pela barragem do Rio Ipiranga, tem 60.000 m³ de capacidade e gera 11.520 kW por hora. Foi a principal fonte de energia elétrica dos municípios do litoral do Paraná na década de 1960.

O Vale do Ipiranga

Formado pelo Rio Ipiranga, ele divide a Serra da Farinha Seca e a Serra do Marumbi. Esta é a parte mais alta entre o rio e os trilhos do trem.

O Canyon do Ipiranga

Olhando ao fundo entre as duas montanhas, avista-se a Serra do Ibitiraquire. Nesta serra encontra-se a montanha mais alta do Paraná e região sul do Brasil, o Pico do Paraná com 1.922 metros de altitude.

A Cachoeira Véu da Noiva

Logo após o Túnel 12 aparece uma queda d’água de 70 metros. Seu aspecto branco lembra o véu de uma noiva. Formada pelo Rio Ipiranga ela termina em uma grande piscina natural no fundo do canyon.

A Garganta do Diabo

É um vão entre os túneis 11 e 10. Leva esse nome devido ao pico do diabo que fica em sua frente e à fenda escura e profunda formada na rocha.

O Túnel 9

É o segundo túnel mais longo do roteiro com 256 metros de extensão. Na saída do túnel vê-se a baía de Antonina no horizonte e a cidade de Morretes no vale abaixo.

A Cruz do Barão

Este é o local onde foram executados Ildefonso Pereira Correia e seus 5 colegas da Câmara de Comércio de Curitiba em 1894.

O Viaduto Conselheiro Sinimbú

Possui 63 metros de comprimento e 45 metros de profundidade até o vale abaixo. De lá avista-se o imponente maciço do Morumbi e o cartão postal da ferrovia, o Viaduto Carvalho, onde tem-se a sensação de voar.

O Santuário Nossa Senhora do Cadeado

Construído sobre a trilha do Itupava, tem este nome devido ao paredão em sua frente com mais de 40º de inclinação e com as curvas dos trilhos semelhantes ao U do cadeado. O santuário foi inaugurado com missa solene em 05 de fevereiro de 1965, em comemoração aos 80 anos da ferrovia. Cadeado é apenas parte do nome do santuário e não da santa. A imagem que se encontra na capela é de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Estado do Paraná.

A Ponte São João

É a maior ponte do percurso com 113 metros de comprimento e 70 metros de vão livre. Sua altura é de 58 metros e pesa 480 toneladas sem contar o arco adicionado ao vão livre em 1945, para reforçar a sua estrutura. A ponte deveria ser inaugurada no dia 24 de junho de 1884, dia de São João, mas o mal tempo atrasou a inauguração até 26 de junho.

O Túnel 5

Diferente dos demais túneis, no Túnel 5 encontramos uma janela que liga o interior do túnel com o seu exterior no penhasco. Possui 133 metros de extensão e antecede o cartão postal da ferrovia, o Viaduto Carvalho.

O Viaduto Carvalho

O viaduto Carvalho é o cartão postal da ferrovia. Aqui temos a sensação de estar voando! O viaduto tem 84 metros de extensão com 5 pilares de alvenaria incrustados na rocha.

Além de ser uma obra de arte da engenharia, a origem do viaduto é muito curiosa: o projeto original era a construção de um grande túnel em curva, porém parte do teto desabou. Após um estudo geológico mais detalhado, verificou-se que a única forma de manter a ferrovia por aquele traçado seria derrubar a face da montanha, construindo um viaduto no local, que viria a ser o primeiro viaduto em curva do mundo!

O Viaduto Boa Vista

Do viaduto Boa Vista até a estação de Porto de Cima, a ferrovia faz a sua maior inclinação de 3,6º, ou seja, a cada 100 metros de percurso, o trem desce 3,6 metros. O nome do viaduto foi dado devido à linda vista que tem-se sobre ele.

A Estação do Marumbi

Este é o ponto onde os montanhistas desembarcam para pernoitar e subir o maciço do Marumbi. Além das casas de apoio aos turistas e primeiros socorros dos montanhistas, no local também se encontram os alojamentos dos funcionários da manutenção dos trilhos.

A Estação Engenho Lange

Durante a construção da ferrovia funcionava no local, um cassino para entretenimento dos trabalhadores. O local chamava-se Volta Grande, devido a grande curva que a ferrovia faz nesse ponto. Encontra-se na estação um vitral instalado em 1984, inspirado em uma obra de Frederico Lange.

Em frente a estação, encontram-se uma torre e uma caixa d’água. A torre era um antigo “posto de gasolina” da Maria Fumaça. Na caixa d’água armazenava-se a água que ia para a caldeira e no oco da torre armazenava-se o carvão ou lenha que ia para a fornalha fazendo assim o vapor.

A Estação de Morretes

Na Estação de Morretes os passageiros desembarcam para continuar o passeio pelas cidades históricas de Morretes, Antonina e Paranaguá. Outra opção, é almoçar e regressar ao trem para retornar para Curitiba às 15h.

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