As principais companhias aéreas nacionais vão iniciar nos próximos dias uma ofensiva contra o embarque de bagagens fora das especificações regulamentares. A ação será conjunta e coordenada pela ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). A fiscalização começará no próximo dia 10 de abril e ficará a cargo de duas empresas terceirizadas.

Objetivo

O objetivo das empresas é reduzir as bagagens fora do padrão despachadas no portão de embarque. Ou seja, caso o passageiro esteja com a bagagem fora do padrão ele será orientado a retornar ao check-in para o despacho, com a respectiva cobrança pelo serviço.

Justificativa

Com o início da cobrança pela bagagem despachada, houve um grande aumento na quantidade de malas e volumes de mão. Além disso, o espaço nos compartimentos da cabine é limitado, e isso acabou gerando problemas operacionais para as empresas.

Atualmente, os funcionários das companhias aéreas enfrentam dificuldades para lidar com o maior volume de bagagem de mão dos passageiros. Em primeiro lugar, porque isso acontece no momento do embarque, onde se corre contra o tempo para não atrasar o voo. Em segundo lugar, porque não existe uma estrutura para a realização de pagamentos nos portões de embarque. Assim, a saída é despachar muitos volumes no portão, sem cobrança, para adequar o volume à capacidade dos compartimentos dos aviões.

Como vai funcionar?

Em primeiro lugar, uma empresa terceirizada contratada pela ABEAR, será responsável por filtrar as bagagens pela dimensão e pela franquia (quantidade de volumes permitidos), antes da leitura do cartão de embarque. Inicialmente, não será verificado o peso das bagagens (que está previsto para a segunda fase) e os passageiros somente serão orientados quanto à regularidade das bagagens em caráter educativo. Após algumas semanas o controle será mais rígido.

Em segundo lugar, na área de verificação o colaborador utilizará um gabarito para checar as medidas da bagagem. Assim, caso a bagagem esteja dentro das medidas padrão, o cliente seguirá para o raio-x e área restrita normalmente. Caso o cliente tenha mais de uma bagagem e um item pessoal ou se a bagagem estiver fora das medidas padrão, ele será direcionado ao check-in da companhia aérea para despacho. No check-in, será verificado se a tarifa do cliente permite o despacho gratuito; caso contrário, o passageiro será cobrado. As empresas utilizarão um gabarito único, desenvolvido pela ABEAR, em acordo com a resolução da ANAC.

Infringir as regras vai custar caro, pois a compra da bagagem no aeroporto custa até duas vezes mais em relação ao pagamento antecipado!

Quais medidas serão permitidas?

Cada passageiro poderá levar uma mala pequena com as seguintes dimensões máximas:

Além disso, será permitido um item de mão pequeno, como uma bolsa ou mochila, que encaixe embaixo do assento do avião, desde que o total carregado pelo passageiro não ultrapasse 10 quilos.

Cronograma de implantação

A partir de 10 de abril, quando se inicia a primeira fase da fiscalização, os passageiros receberão uma advertência. Serão envolvidos 15 aeroportos:

Início 10/4: Curitiba, Campinas, Brasília e Natal.

Início 17/4: Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém.

Início 24/4:  Congonhas, Guarulhos, Galeão, Santos Dumont, Porto Alegre e Goiânia.

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